É mais um bailinho que o Porto sofre na Madeira, desta feita a ditar uma eliminação de uma taça, a Taça da Liga. E mais uma vez o FC Porto só se pode queixar de si próprio e da sua falta de eficácia, discernimento e intensidade e, já agora, da sua incapacidade de segurar uma vantagem de um golo.
O Marítimo venceu e bem a partida, disputou o jogo pelo jogo, jogo olhos nos olhos com o máximo de objectividade, aproveitando os momentos certos do jogo para fazer o que havia a fazer: primeiro virar o jogo a seu favor, marcando os dois golos aproveitando da melhor maneira as falhas defensivas e de concentração portistas; depois, na segunda parte, recuou as linhas e defendeu o resultado favorável com toda a segurança. O resto é história, para não dizer fica para a história: o Marítimo alcança a sua primeira Final da Taça da Liga, vinte anos depois da sua última, a da Taça de Portugal, frente ao Sporting (derrota por 2 – 0).
Algumas coisas importantes contam e bem para este jogo. Primeiro Lopetegui fez várias mexidas na equipa. Deixou de fora Danilo, Alex Sandro, Brahimi,Tello e Herrera. Na segunda parte, à falta de melhor e a juntar-se à falta de ideias e soluções para dar a volta, o treinador espanhol fez entrar entrar Tello e Brahimi, a juntar-se na frente a Quaresma e Aboubakar.
Dragões que até nem estiveram mal até chegarem à vantagem aos 32 minutos, por intermédio de Evandro. Aí souberam criar jogo e perigo. Porém em cinco minutos o Marítimo daria a volta, primeiro por Rodrigo Galo, aos 37, de penalti. Até que aos 45 veio mesmo a reviravolta, com Marega a marcar de cabeça. Na segunda parte, a melhor oportunidade portista falharia-a Aboubakar, com Salin a fazer uma autêntica defesa de andebol.
O Marítimo está pois na Final da Taça da Liga, marcada para Coimbra, onde vai defrontar o Benfica, vencedor de cinco das sete edições anteriores.