E à segunda jornada, primeira derrota no campeonato. É certo que os concorrentes mais directos, Sporting e FC Porto, não foram além de um empate. Mas também verdade é que o Benfica não só perdeu uma boa oportunidade para se isolar na frente, como deitou por terra uma oportunidade de ouro de ganhar um ascendente psicológico importante nesta altura do campeonato (a expressão é duplamente apropriada), mais a mais numa altura em que a equipa encontra-se ainda numa fase de construção e salta à vista a necessidade de reforços para Rui Vitória atacar o título.

Venceu o Arouca, agora líder isolado do campeonato, com um golo madrugador de Roberto logo aos dois minutos.  A defesa encarnada não esteve bem, com um patrão como Luisão nitidamente em baixo de forma. Melhor esteve a equipa do Arouca a defender, muita categoria na dupla de centrais, com Hugo Basto e sobretudo Velásquez a revelar-se um central de grande categoria. Muito melhor esteve o ataque encarnado, com muita qualidade, demolidor por vezes, a dar a nítida ideia de a bola poder entrar a qualquer altura. Claro que o guarda-redes Bracali esteve em grande evidência evitando o golo benfiquista em várias ocasiões. Certo que Júlio César também defendeu bolas, evitando maiores estragos à baliza encarnada. De resto, o Benfica passou o jogo quase todo em cima do adversário. Estando em evidência o seu melhor futebol sobretudo na primeira parte, com Gaitán a dar conta de todo o seu talento e genialidade. Nelson Semedo quase marcaria à meia hora de jogo. Bracalli, até ao intervalo, ainda negaria ao Benfica três golos, o último deles a Mitroglou.

Na segunda parte, novidade a entrada de Victor Andrade contra a nulidade Ola John, que fez uma exibição muito pálida. Destaque também para a estreia de Raúl Jiménez, que esteve bem, mas ainda em fase de adaptação. O Benfica tentava carregar ao ataque, subjugando o Arouca à sua defesa e quase não conseguindo sair de meio-campo que não em contra ataques desses de correria até se perder a bola, recuperada pelo adversário para lançar mais um ataque e assim sucessivamente, porém, sem consequências de maior. Só mesmo Jonas, à beira do fim, esteve perto, muito perto de fazer a bola entrar na baliza de Bracali, mas a verdade é que não marcou. E assim o resultado manteve-se inalterado: 1-0 a favor do Arouca.