O Chile é o surpreendente vencedor da Copa América 2015, jogada precisamente no Chile. Chile que vence pela primeira vez a competição.
Foram 120 minutos de futebol muito intenso e disputado a um ritmo elevadíssimo, com os chilenos a serem muito mais felizes nas grandes-penalidades ao vencerem por 4-1. Alexis Sanchez teve o privilégio de marcar o último penalti e pôr o Estádio Nacional, em Santiago do Chile, em delírio. Foi a apoteose, a loucura. O Chile vencia frente ao poderoso vizinho – e grande favorito a vencer a competição – em casa, na “sua” final, tornando-se assim no 8.º país a vencer a prova. E Leo Messi continua sem vencer a Copa América, e a Argentina perde a sua segunda final no prazo de um ano.
Voltando ao grande jogo da final entre oportunidades para um lado e para o outro e com Messi a ter dificuldades em fazer valer o seu jogo, a Argentina teve a primeira contrariedade com a lesão de Di Maria, depois de um sprint, e logo aos trinta minutos. Entrou Lavezzi que quase fez o 1-0 mas Bravo soube opor-se à altura do seu estatuto.
Na segunda parte o Chile melhorou, pressionou a todo o terreno e trazendo outra intensidade ao seu jogo a partir daí soube partir para várias situações de perigo. Alexis Sanchez, como não podia deixar de ser, foi o mais perigoso. À medida que o tempo ia passando o poderio físico chileno ia-se impondo cada vez mais a uma mais frágil Argentina que sentia sérias dificuldades em fazer valer o seu futebol técnicista e mortífero. Aos 91 minutos, grande falhanço de Higuain, que esticando-se não conseguiu fazer a bola entrar, e assim sentenciado a partida.
No prolongamento saltava à vista a maior frescura dos chilenos, talvez, quem sabe, por mais um dia de descanso, mas também a força anímica de jogar com o apoio do seu público e no mítico Estádio Nacional, os chilenos mostravam as garras e a tremenda ambição de vencer
Nas grandes penalidades, Higuain e Banega falharam o alvo. O Chile teve o sangue frio para resistir à pressão do seu público e marcou os quatro penaltis (não foi preciso o último) por Vidal, Matias Fernandez, Aranguiz e Alexis Sanchez. O Chile venceu o troféu e mereceu-o porque foi superior, dominou, arriscou mais e foi bem mais aguerrido e determinado que a Argentina.
