Real Madrid 1-0 Atlético de Madrid (Chicharito Hernandez – 88)
O Real esteve mais forte – e ainda esteve mais forte na primeira mão – e acabou por merecer a justa passagem às meias finais da prova. No computo das duas mãos foi a equipa que realmente tentou vencer, e se não resolveu a contenda na primeira parte do jogo do Vicente Calderón, no Bernabéu foi a única equipa que criou perigo e criou ocasiões de golo na baliza adversária.
No entanto foi um jogo intenso, sem possível previsão no resultado. Sentia-se nervosismo na equipa do Real e por vezes via-se que seus jogadores não estavam a fazer o que melhor sabem, bloqueda que estava sua criatividade com o peso desta decisão no Santiago Bernabéu (é preciso ver que nos seis confrontos anteriores entre o Real e o Atlético esta época, os merengues nunca venceram os colchoneros, já o contrário aconteceu mesmo). O Atleti jogava com isso, tinha intensidade, concentração, e, sentia-se, a seta bem afiada para na hora certa… Factos são factos: um golo do Real não mudaria grande coisa (o golom fora é cruel), um do Atlética ia complicar e muito a estratégia aos comandados de Carlo Ancelotti. Sem um brilho intenso, é certo, o Real Madrid teve de lutar, e muito – e lutou, e muito – para levar de vencida a armada de Diego Simeone. A expulsão de Arda Thuran (um tanto ou quanto exagerada, mas aceita-se) acabou por se revelar fatal para os colchoneros, numa brilhante jogada de ataque, pensada e concebida por Cristiano Ronaldo, o oportuno Chicarito Hernandez não deu hipóteses a Oblak e fez o golo, o que aos 88 minutos foi um autêntico KO técnico, como que para dizer: nem um milagre.


