FC Porto 3-1 Bayern Munique (Quaresma – 4 – g.p e 10, Jackson – 65 / Thiago Alcântara – 28)
É o regresso do grande Porto europeu, o FC Porto das épicas noites europeias. Vulgarizou o Bayern de Munique por 3-1 e a uma exibição memorável juntou exibições individuais que foram de antologia – Ricardo Quaresma, Jackson Martinez (em boa hora regressado), Casimiro, Óliver.
Os dragões começaram o jogo a cair logo em cima do adversário. Os nos olhos e uma atitude atrevida e desafiante que foi coroada logo aos dois minutos com um penalti – Neuer derrebou Jackson e devia ter visto o cartão vermelho – e o consequente golo, marcado por Ricardo Quaresma. Não passaram nem dez minutos e Quaresma, outra vez, rouba a bola no meio campo a Dante e como uma flecha parte para a grande área e remata forte e colocado sem quaisquer hipóteses para o guarda-redes, estava feito o 2-0.
No entanto no melhor pano cai a nódoa e na única ocasião em todo o jogo em que o Bayern de Munique conseguiu ter algum espaço – culpas do desposicionamento portista após sofrer um pontapé de canto – Boateng cruzou da direita e Thiago Alcântara foi oportuno disparando um tiro daqueles que só se dá quando chocam com a rede.
O final da primeira parte corresponderia ao melhor período dos bávaros em toda a partida, apesar de Alex Sandro quase ter surpreendido um adiantado Neuer, foi o Bayern que impôs a posse de bola tendo o Porto de cessar linhas e defender-se o melhor que pôde e (de facto) soube.
Na segunda parte, porém, voltou o mesmo Porto com a atitude esmagadora que teve na primeira.
Aos 56, Casemiro tentou surpreender Neuer com um chapéu do meio-campo. O mesmo que logo a seguir faria defesa magistral a remate de Herrera. E aos 65, o 3-1, Alex Sandro viu Jackson Martinez, após falha de Boateng, Jackson não se fez rogado, contornou Neuer e mandou-o ir buscar às redes da baliza. O Estádio do Dragão explodia.
Voltando ao no melhor pano cai a nódoa: sofreria o Porto contrariedade, ou melhor, a dupla contrariedade – se é pior que o golo sofrido, logo se verá em Munique – dos amarelos a Alex Sandro e sobretudo a Danilo, que os põe de fora da segunda mão no Allianz Arena. O Porto não terá apenas de fora em Munique os seus laterais titulares, terá de fora os seus laterais titularíssimos, o que só quer dizer o que quer dizer: que não há alternativa, e com muito pouco tempo entre os dois jogos. Pede-se outro grande Porto para passar a eliminatória. Pelo menos um passo já foi dado.
