Benfica sobrevive em inferno de Munique e mantém esperanças intactas

Bayern Munique 1-0 Benfica (Vidal – 2)
E o Benfica sobreviveu ao inferno de Munique, onde só muito dificilmente não se sai fustigado e mantém as esperanças intactas contra uma das melhores equipas do planeta, clara candidata à vitória final na prova. 
Foi de monta a exibição encarnada, mais a mais quando começou a perder o jogo logo ao início, por Vidal, no que se faria adivinhar como uma goleada às antigas tal o predomínio atacante – e de posse de bola – bávaro com um jogo inteiro à sua mercê. Nada mais errado, porém, o Benfica soube equilibrar-se, esteve tacticamente perfeito, irreprensível na concentração e leitura do jogo, e só não marcou em Munique por duas falhas clamorosas de Jonas, que poderiam ter dado outra folga para a segunda, tendo também o Bayern tido a possibilidade de aumentar a contenda, só que mais uma vez Éderson disse presente mostrando o grande guarda-redes que já é e o soberbo futuro que o espera se as coisas correrem dentro da normalidade.
Também Neuer esteve em grande, num jogo em que os benfiquistas reclamam penalti num lance em que as opiniões dividem-se, verdade que Lahm entra de carrinho para evitar o cruzamento de Gaitán e a bola bate-lhe no braço esquerdo, se foi intencional, se não foi intencional. Ajuda a equilibrar a equação a exibição caseira do árbitro polaco que usou e abusou da dualidade de critérios, sobretudo quando se aproximava o fim da partida.
Destaque para a grande exibição da dupla de centrais Jardel e Lindelof, Renato Sanches a encher o meio-campo, o trabalho de Jonas, os laterais Eliseu e André Almeida a neutralizarem os extremos adversários (Ribery que o diga). Certo que talvez o Super-Bayern – esse carrossel vertiginoso com protagonistas como Lahm, Vidal, Thiago – não tenha sido tão super como isso e tenha faltado ali, vá-lá, alguma da sua habitual acutilância. Mas também é certo que Rui Vitória trabalhou a equipa à perfeição, não havia peça fora do lugar, jogador fora do tempo, a equipa deu tudo e acabou extenuada, deixado porém intactas as esperanças em Munique, o que não é para todos, o que só por si só pode ser considerado um prémio e mente quem diz o contrário.

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