Sporting entra a ganhar

Tondela 1-2 Sporting (Luís Alberto – 58 / João Mário – 15 e Adrien Silva – 90+5)
 
Cheiram a dores de crescimento. Com um Estádio de Aveiro praticamente cheio, numa onda verde que já não se via há muito, o Sporting entrou forte na partida, apesar da entrada audaz e corajosa do Tondela – que aliás foi uma boa equipa, muito bem trabalhada, nomeadamente no sector defensivo e tendo em Matt Jones ontem um grande guarda-redes -, cedo o Sporting se impôs, e bem, o que fez surgir com toda a naturalidade o primeiro golo, por João Mário. O Sporting tinha a bola, o apoio das bancadas, um Carrillo endiabrado – Carrillo foi de longe o melhor jogador do Sporting -, um Bryan Ruiz muito inteligente e a declarar a sua importância na manobra da equipa, e um Téo Gutiérrez em bom nível. Destaque claro, para Adrien Silva, muito inteligente na manobra da equipa e no doseamento do jogo a meio-campo, e Paulo Oliveira, sempre intratável, a revelar-se neste momento e cada vez mais como patrão da defesa, enquanto chega não chega Ewerton.
A entrada na segunda parte, porém, revelaria um Sporting diferente, mais limitado, ainda com algumas costuras à vista, sem um plano B, impaciente em jogar a fulgurância do futebol apresentado com a marca do treinador com os processos ainda não amadurecidos, pior mesmo foi Islam Slimani, a quem a renovação à primeira não resultou como tónico, foi muito perdulário, falhando golos atrás de golos. Até que, como tantas vezes quem não marca sofre, o Tondela acabou por ser feliz num lance de bola parada em que  Luís Alberto marca com o braço, portanto de forma ilegal. Mas como também tantas vezes Deus escreve direito por linhas tortas, já lá vamos, já lá vamos. Primeiro as substituições, entrou Montero por Téo e Mané por Ruiz. mas nada, seria a entrada de Gelson ao cair do pano que acabaria por se revelar decisiva, não fosse ele um driblador nato, acabando por provocar o penalti de Murillo. Chegamos agora às direitas linhas tortas: o lançamento lateral que fez chegar a bola a Gelson, por João Pereira, foi bastante à frente da linha, portanto ilegal. Mas o penalti convertido por Adrien acabou por trazer justiça ao marcador. 
 
PEDRO NOGUEIRA

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *