Publicado: Terça-feira , 27 de Maio de 2025
A festa do povo, como é descrita a final da Taça de Portugal, que se disputou no mítico estádio do Jamor, teve como oponentes o Benfica diante do bicampeão nacional, Sporting.
Numa tarde quente, repleta de público dos dois clubes, que coloriam o estádio nacional de verde e vermelho e depois de se entoar o Hino Nacional começou a partida.

O Benfica começou com Samuel Soares na baliza, dando Lage continuidade ao percurso do jovem guarda-redes na baliza encarnada na prova rainha, para alguma surpresa Di María não figurou no onze, dando o técnico a titularidade a Bruma e a Dahl. Na equipa recém sagrada bicampeã nacional, Rui Borges apresentou a equipa do costume, sendo a única alteração no onze foi a saída de Diomande, lesionado, para a entrada de St. Juste.
O Benfica entrou melhor, a conseguir dominar o jogo a meio campo e criar algumas oportunidades, embora nenhuma de real perigo para a baliza de Rui Silva.
O Sporting tentava explorar o seu abono de família, passando a bola a Gyokeres para este resolver, como tantas vezes resolveu, mas até ao intervalo ninguém conseguiu desfazer o 0-0 que marcava o placard.
A segunda parte a equipa encarnada voltou a aparecer melhor e logo aos 47 minutos Kokçu à entrada da área rematou e a bola entrou junto ao poste esquerdo da baliza defendida por Rui Silva, estava inaugurado o marcador, para delírio dos adeptos encarnados.
Não satisfeitos, os homens comandados por Bruno Lage voltaram a marcar, logo a seguir, aos 50 minutos por Bruma, após uma boa jogada coletiva, no entanto Luís Godinho após consultar o VAR anulou o golo, por falta de Carreras sobre Trincão.
Após um inicio fulgurante, o Benfica foi gerindo o jogo a seu favor esperando que o Sporting abrisse mais as linhas de forma a explorar o contra-ataque, o treinador Rui Borges, arriscou tudo mas equipa bicampeã nacional tinha dificuldades em criar oportunidades de golo.
Aos 90 minutos a equipa encarnada tinha as duas mãos na taça, mas o tempo de compensação de 10 minutos, deu algum alento aos jogadores do Sporting, que aos 95 minutos têm um lance que vai fazer correr muita tinta, o avançado italiano Belotti, junto à bandeirola de canto tenta queimar algum tempo, segurando a bola e quando vai ao chão é pisado na cabeça por Matheus Reis, sendo que a equipa de arbitragem assinalou falta a favor da equipa leonina e o VAR não avisou o árbitro da agressão em causa.
Quando já nada fazia prever que as incidências da partida sofressem alteração, deu se uma jogada de Trincão, que arrancou pelo meio-campo do Benfica e serviu Gyokeres, que entrou na área e foi tocado por Renato Sanches e o árbitro assinalou grande penalidade.
Na conversão do penálti, o sueco não tremeu e empatou a partida, para êxtase dos adeptos da equipa verde e branca e levou o jogo para prolongamento.

Nova vida para os bicampeões nacionais, que no prolongamento foram muito superiores ao Benfica e aproveitaram todas as substituições que Rui Borges tinha feito, na altura em que procurava o empate e balancearam-se para o ataque e foram felizes, com Harder a corresponder assertivamente ao cruzamento de Trincão e a cabecear para colocar o Sporting em vantagem na partida pela primeira vez, o que levou a que alguns adeptos encarnados abandonassem o estádio nacional logo de seguida.
Bruno Lage lançou a sua última cartada, Di María, que entrou com vontade de mudar o rumo dos acontecimentos, mas foi a equipa leonina que voltou a marcar, por Trincão, que transformou o contra-ataque no resultado final de 1-3.

Com este resultado o Sporting vence a Taça de Portugal pela 18ª vez na sua história e conquista a dobradinha, 23 anos depois da última vez que conseguiu tal feito
Edição: Fábio Gomes
Fotos: Fábio Gomes (FootballDream)