Sporting vence, convence mas vai com 2-1 para a Rússia

Sporting 2-1 CSKA (Teo Gutiérrez  – 12 e Slimani 82 / Doumbia – 40)

Equipa do Sporting sem alterações em relação ao onze titular dos dois últimos jogos. Toada de equilíbrio até ao Sporting conseguir uma boa oportunidade as 5 minutos, com três jogadores isolados João Mário cruza mas a defesa do CSKA neutraliza a jogada que poderia ser de golo iminente. Dois minutos depois nova oportunidade. A pressão alta a resultar com João Mário em evidência e como playmaker, determinante. Aos 8 é ele que remata, e logo a seguir quase marca a cruzamento de Jefferson. Após jogada bem lançada neutralizada pelo fora de jogo, jogada ainda melhor e mais vistosa e com laivos de espectacularidade daria o mais que justo golo que Téo Gutierrez converteu aos 12 minutos. O Sporting continuou a construir. O futebol praticado era espectacular, rápido, objectivo e incisivo, só pecando por escasso estavam cruzados os 15 minutos. No entanto, no entanto, o muito cuidado que é preciso contra estes russos, teve sua prova aos 19 minutos e foi por pouco que não causou problemas de maior. O CSKA começava aos poucos a impôr o seu jogo, e aos 25 disporia de uma grande penalidade. Mas grande Rui Patrício, defendeu-a. Rui Patrício, allez, gritava-se. Mais que justificado. O golo fora, pelo menos ali, poderia mudar radicalmente o andamento da eliminatória. Também o golo, de certa forma ajudou a despertar um pouco a equipa do Sporting e a regressar à intensidade inicial, em relação ao CSKA até pesou mais no pedal do acelerador, ganhou com isso o jogo em intensidade e emoção. Aos 32 Slimani quase marcava. Ruiz rematou forte aos 34.  Mas o CSKA, claro está, muito rápido e efectivo nas transições causou outro calafrio um minuto depois. Muita facilidade dp CSKA em entrar nas laterais, com João Pereira com muitas dificuldades face a Musa e nem outro minuto depois e novo remate perigoso russo à baliza. O taco a taco teve outro episódio com uma falha clamorosa de Slimani aos 38. Mas numa transição rápida o CSKA marcaria mesmo aos 40 pelo rapidíssimo ponta de lança Doumbia, que sprintou, deu cabo e escavacou a defesa do Sporting para empatar a partida. Tudo ficou mais complicado. Slimani voltaria a ter novo ensejo aos 43, mas mais uma vez, perdulário, ele que se tem revelado em tudo determinante menos em marcar. E como quem não marca neste tipo de jogos arrisca, não fose Patrício e Doumbia teria feito o gosto ao pé. Logo a seguir falha Téo, e depois Carrillo. Assim acabava a primeira parte, dividida e taco a taco.

Na segunda parte, logo ao início, João Pereira, levaria amarelo por falta, ele que mais uma vez seria “comido” pelo corredor oposto dos russos. Aos 52 minutos jogada de génio de Carrillo que merecia um ataque mais mortífero de killer instinct e menos perdulário. Nova investida aos 54, e aos 59 por parte da turma moscovita, ambas pelo jogo aéreo. O Sporting, no entanto, era superior e tinha o ascendente da partida, reclama penalti pouco antes de Téo falhar aos 60. Aos 64 sai Ruiz e entra Aquilani, e estreia absoluta. Aos 65 mais outra perdida de Slimani, que ia marcando após brilhante cruzamento de Carrillo. O Sporting atacava o jogo a sério, problema é que nem sempre, a maioria das vezes aliás, não sabia materializar o seu jogo em jogadas de ataque perigosas e consistentes o suficientes. Aos 74 dupla substituiçã: entra Gélson Martins por Téo Gutiérrez e Carlos Mané por João Mário. Gélson começa logo por provocar um canto, entrou endiabrado. Está na eminência do golo anulado a Carrillo, por fora de jogo. Logo a seguir, contra a corrente de jogo, quem havia de ser, Doumbia ia marcando. Valeu São Patrício. Sai então Tosic por Milanov. Até que aos 82, maravilha, a redenção por quem mais dela merecia: Islam Slimani, pois claro. Ele que se tinha revelado tão perdulário mas que trabalhara e batalhara no jogo. Fez um grande golo, a dar vantagem curta, para o que aí viria. Aos 87 boa oportunidade para Aquilani que rematou rasteiro e fraco. O CSKA estava completamente manietado. Natcho entra por Doumbia. Berezutski entra, sinal que os russos já só queriam segurar um jogo em que o Sporting acabava por cima. Resultado final: 2-1. Jorge Jesus tinha razão: a eliminatória vai ser resolvida até ao fim.

Importante referir que há um penalti claro, num jogo em que ficaram claras dificuldades da defesa do Sporting face à velocidade do ataque do CSKA. Belíssima entrada na partida de Gélson Martins, rápido, inteligente, repentista, Aquilani também esteve bem, dando solidez ao meio campo e qualidade ao nível do passe e visão de jogo, reforçado ainda pela experiência. Carrillo foi – e é – determinante na manobra da equipa, João Mário idem, os reforços Ruiz e Téo Gutiérrez estiveram bem.

Espera-se agora um Sporting ainda mais maduro, consistente, inteligente e solidificado nos processos do treinador, em suma, melhor, para haver outra segurança na passagem desta eliminatória tão determinante.

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